Presidente do Senado deve ganhar ministério de peso para depois concorrer ao governo de Minas, com apoio do presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um dos maiores desafios na sua reforma ministerial: encontrar um espaço estratégico para Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O atual presidente do Senado, que deve deixar o comando da Casa após as eleições de fevereiro, busca um cargo de peso no governo para viabilizar sua candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026, com o apoio de Lula.
Pacheco tem interesse no Ministério da Justiça, mas a pasta está atualmente sob o comando de Ricardo Lewandowski, que aceitou retornar à vida pública a pedido direto do presidente. Outra alternativa seria o Ministério de Minas e Energia, ocupado por Alexandre Silveira, que também pertence ao PSD. Caso esse rearranjo ocorra, Lula precisará reorganizar espaços para acomodar aliados e evitar descontentamentos dentro da base governista.
Além de Pacheco, Lula precisará definir o futuro de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, que também deverá ser contemplado com um ministério de grande porte. Lira tem preferência pelas pastas da Saúde ou da Agricultura, mas sua entrada pode significar a saída de ministros próximos ao presidente, como Carlos Fávaro (PSD), titular da Agricultura.
A bancada do PSD na Câmara também pressiona por maior representatividade na Esplanada dos Ministérios. Atualmente, o partido controla o Ministério da Pesca, com André de Paula (PE), mas considera o espaço insuficiente. Esse embate interno pode impactar a definição da reforma ministerial, que Lula pretende concluir logo após a eleição das novas mesas diretoras do Congresso.
por reprodução portal 247