Em memória do Massacre de Eldorado dos Carajás, o MST da Bahia realizou hoje (17/4) um ato político no auditório Jorge Calmon da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). A sessão foi presidida pela deputada estadual Fátima Nunes (PT), ao lado de autoridades, a exemplo do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) e a Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da Bahia (Seades), Fabya Reis.
“Neste ano, o abril vermelho combate a fome e a escravidão e denuncia os conflitos que acontecem pela violência do latifúndio. Trazemos para o debate público a importância da democratização da terra para a produção de alimentos saudáveis. Provamos isso a cada ocupação que se transforma em assentamento produtivo. É da nossa produção que trouxemos sete toneladas de alimentos para doar ao Programa Bahia Sem Fome, do governo estadual”, anunciou Eliane Oliveira, dirigente nacional do MST.
Cerca de 700 militantes Sem Terra estão acampados na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e, pela manhã, seguiram em marcha até a Assembleia Legislativa (ALBA) para realização do ato em denúncia à violência no campo e à CPI que foi protocolada no legislativo do estado. Mais cedo, um café da manhã foi oferecido pelos Sem Terra na entrada da ALBA.
De acordo com o deputado federal Valmir Assunção, é fundamental que a reforma agrária seja tema prioritário no conjunto das políticas públicas. “Hoje, o governador Jerônimo Rodrigues anunciou o compromisso da elaboração de um Plano Estadual de Reforma Agrária. Em nível federal, também temos a expectativa de que o Governo Lula avance em políticas que subsidiem a produção de alimentos. É a agricultura familiar a responsável pela produção de 70% do que chega a nossas mesas”, disse o parlamentar.
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