A Petrobras anunciou ontem à noite o maior resultado de sua história: lucro líquido de R$ 188,328 bilhões em 2022. A cifra é 76,6% superior aos R$ 106,6 bilhões apurados em 2021, que até então era recorde. Esse desempenho, o maior já registrado por uma empresa brasileira, foi puxado por alta de 43% no preço do barril, vendido a uma média de US$ 101,19 no exterior, além de maiores margens na venda de combustíveis, melhor resultado financeiro; e ganhos com acordos de coparticipação em campos da Cessão Onerosa. No quarto trimestre, o lucro da estatal foi de R$ 43,341 bilhões, alta de 37,6%.
O preço médio da cesta de combustíveis também registrou novo recorde, a R$ 632,2 por barril, aumento de 51,9% em relação a 2021. A escalada dos preços dos combustíveis levou a troca de dois presidentes no ano passado, e no mercado em geral, com a desoneração de impostos federais – que voltaram a ser cobrados ontem – e a imposição de teto para o ICMS sobre os combustíveis. (Folha)
Um dia após críticas da presidente do PT, Gleisi Hofmann, sobre a política de remuneração dos acionistas, a Petrobras anunciou que pagará dividendo de R$ 2,7457 por ação ordinária e preferencial. Assim, apenas no último trimestre de 2022, a estatal distribuirá R$ 35,8 bilhões. No ano, o dividendo pago pela companhia totalizará R$ 215,8 bilhões, mais do que o dobro do valor distribuído em 2021.
Segundo a empresa, o dividendo proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas e é compatível com a sustentabilidade financeira. O total, no entanto, ultrapassa em R$ 6,5 bilhões o valor previsto na fórmula da política de dividendos. Por isso, o Conselho de Administração sugeriu que os acionistas avaliem, na assembleia geral de 27 de abril, a criação de uma reserva para reter quase R$ 0,50 por ação ordinária e preferencial do resultado de 2022, pagando cerca de R$ 2,24 em vez de R$ 2,74, divididos em duas parcelas iguais (maio e junho). Caso não seja aceita a criação da reserva, a recomendação aos acionistas é que o pagamento da diferença de R$ 0,49806828 ocorra em 27 de dezembro deste ano. (Globo)
O governo já estuda a volta do modelo de distribuição de dividendos dos governos Lula e Dilma, mantendo-o em torno de 35% a 40% do total. Hoje, praticamente todo o lucro é distribuído. Segundo fontes, o assunto já foi tratado pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, com Lula. (CNN Brasil)
FONTE: MEIO