Foto: Cláudia Cardozo/ Bahia Notícias
Diante da disputa em torno da vaga restante para o Senado na chapa majoritária do governador Rui Costa, o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e quase filiado ao PSB, Marcelo Nilo (PSL), propôs um desafio aos postulantes. Em entrevista ao Bahia Notícias, o ainda social-liberal defendeu que, ao invés de duas, o grupo político de Rui lance três candidaturas a senador, com os nomes da senadora Lídice da Mata (PSB), o ex-governador Jaques Wagner (PT) e o presidente da AL-BA, Angelo Coronel (PSD). “Vamos colocar os três e, aí, vamos ver quem tem farinha no saco”, alfinetou Nilo. A provocação do deputado tem um alvo em específico: o PSD, comandado na Bahia pelo senador Otto Alencar. Como uma das vagas da majoritária está praticamente selada ao PSD – a outra foi garantida a Wagner -, Nilo quer que a disputa seja no voto, e não por estrutura partidária.
A sigla de Otto é, atualmente, a que tem maior número de prefeitos no estado e, além disso, possui o comando da AL-BA e da União dos Municípios da Bahia (UPB), nas figuras de Coronel e de Eures Ribeiro, respectivamente. Um aliado que, avalia-se na base, é difícil de ser dispensado em uma eleição com ares de forte acirramento. Para Nilo, que defende Lídice na chapa, a senadora reúne melhores requisitos para estar no grupo do que o PSD. “É uma mulher, sempre esteve no nosso campo, já foi vereadora, prefeita de Salvador. Uma mulher com história”, enumerou. O ex-presidente da AL-BA ainda questionou a força política dos sociais-democratas atualmente. “Dizem que o PSD é o maior partido da Bahia, mas vamos colocar os três para ver o que acontece”, ironizou. No entanto, ponderou Nilo, as três candidaturas apoiariam o governador Rui Costa. Questionado sobre se este movimento não poderia gerar divisão de votos na base do petista, o parlamentar voltou a provocar. “Aí cabe ao governador ver o que vai ser feito”. Caso Rui não apoie o trio de candidatos e deixe Lídice de fora da majoritária, Nilo votou a defender uma candidatura avulsa da senadora. “O pleito de Lídice é ser senadora, isso também é uma exigência da executiva nacional do partido. Caso ela fique de fora de chapa, eu defendo a ideia de que ela lance candidatura avulsa”, reiterou.