Marcia Gomes Alves Fernandes, de 48 anos, morreu após passar mal depois de ter feito uma escova progressiva nos cabelos em Pindamonhangaba, em São Paulo. Na certidão de óbito, a causa da morte consta como insuficiência respiratória aguda. Ela chegou a ser socorrida e levada ao hospital da cidade, mas morreu um dia depois
A família de Marcia não sabe em qual salão ela fez o procedimento estético ou se ela fez na própria casa com a ajuda de alguém. No entanto, os familiares esperam que o caso não fique impune e que sirva de exemplo.
Segundo a dermatologista Sabrina Frossard, o produto utilizado para fazer a famosa escova progressiva é a base de formol, o que é perigoso à saúde. “O formol é uma substância tóxica e cancerígena. Ele pode causar câncer a longo prazo. E os efeitos a curto prazo são mesmo irritação de pele, na área dos olhos e, inclusive, das vias aéreas por inalação”, disse a profissional.
A vítima já sofria de asma e bronquite e o formol pode ter agravado o problema. De acordo com Sabrina, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) libera a concentração de formol de no máximo 0,2%. Mas o problema é que essa quantidade não tem o efeito desejado pelas mulheres. “Nessa concentração o formol não é considerado um alisante capilar”, completou a dermatologista.
Alguns salões já optam por não realizar o procedimento, esse é o caso da cabeleireira Marcela Carvalho que também já passou mal depois de realizar o alisamento no próprio cabelo. “Fui parar no pronto-socorro e fiquei extremamente assustada”, conta.