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MST realiza 1ª Plenária de Mulheres do Extremo Sul da Bahia, Mulher na política: por um projeto socialista e popular.

MST realiza 1ª Plenária de Mulheres do Extremo Sul da Bahia, Mulher na política: por um projeto socialista e popular.

Confira a entrevista da Dirigente nacional  do MST Lucineia Durães – PLAY

MST realiza 1ª Plenária de Mulheres do Extremo Sul da Bahia, Mulher na política: por um projeto socialista e popular.

Na tarde da ultima sexta feira dia 16/02 o MST realizou a 1ª Plenária de Mulheres do Extremo Sul da Bahia, Mulher na política: por um projeto socialista e popular. O evento lotou o salão do Lions Club de Itamaraju e contou com a presença do Deputado Federal Valmir Assunção, da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial Fábia Reis, Lucineia Durães dirigente Nacional do MST,Dani da Executiva Estadual do PT,Renata Rossi da CDA, dentre outras “companheiras” em exercício de poder como Emile da FIOCRUZ, Neuza dirigente da costa do descobrimento, Valquíria da Brigada Joaquim Ribeiro e Edna Zucoloto agente de endemias que compuseram a mesa.

MST realiza 1ª Plenária de Mulheres do Extremo Sul da Bahia, Mulher na política: por um projeto socialista e popular.

Fábia Reis, Secretária Estadual de Promoção da Igualdade racial, apontou a construção da luta diária, e a necessidade de  construir as estratégias com os companheiros e identificar os aliados nesse processo, mas pensar a atuação de 2020 com a participação de trabalhadoras Sem Terra em todas as regionais e compreender os desafios colocados. Também lembrou o dever em defender o presidente Lula e o companheiro Valmir, sem sexismo, e entender como vamos atuar nesse ano de golpe político e indagar nossas participações nas alianças e lutas dos partidos de esquerda.

Ela lembrou da conquista do voto, e da garantia de 30% de vagas da candidatura disponível para as mulheres, e se dispôs ao debate da luta e encerrou com a seguinte questão para  plenária: Quais são os desafios que as companheiras entender que serão necessários superar para abraçar a candidatura do Lula em 2018 e assim o desenvolvimento do partido e dessa pauta?

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A Dani, Da Executiva Estadual DO PT da Bahia, saldou a mesa e começou falando sobre os retrocessos para a classe trabalhadora, provindos do golpe político contra a presidenta Dilma em 2016 e da antecipação de que Temer devolverá o governo ao povo e o evidenciamento nacional de que o povo enxerga os seus desmandos e por isso a candidatura de Lula e as lutas dos diversos movimentos sociais são frutos de resistência política popular.

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Foi citada também a reforma da previdência e o retrocesso político que a mesma simboliza. Dani ainda trouxe a número de mais de 56 horas semanais na jornada de trabalho das mulheres e lembrou que as mulheres do campo trabalham ainda mais, e apontou a discrepância da contribuição do trabalhador para que esse seja aposentado, com cerca de 40 anos de contribuição e que considerando as condições de trabalho em relação a CTPS no país isso será extrapolado.

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Atrelada a essa reforma da previdência, a reforma trabalhista é outro ponto onde o desgoverno de Temer impôs duas questões: gestação e assédio, com gestantes trabalhados em espaços insalubres e companheiras sofrendo assédio no espaço de trabalho devido a grande concorrência de vagas. A executiva estadual do PT, encerrou falando sobre a necessidade de que as mulheres ocupem os espaços políticos e rompam com o capitalismo, como as mulheres do MOTE  se manifestaram em mais de 30 países no último 8 de março e da importância de termos um norte político e fazermos uma campanha massiva para a eleição do companheiro Valmir Assunção para continuar garantindo apoio as mulheres.

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A companheira Valquíria, dirigente da brigada Joaquim Ribeiro questionou que universo político é esse que estamos debatendo e que esse universo é o da mulher que milita, trabalha e se desafia diariamente a evoluir e se emancipar como mulheres Sem Terra. Valquíria trouxe a luta de um ano político e a importância de cada mulher de luta e de classe trabalhadora na construção política de seus acampamentos e assentamentos, do enfrentamento contra o machismo e preconceitos e assim, de toda a luta do MST e encerrou declarando o apoio do  movimento ao deputado Valmir Assunção.

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Renata Rossi, CDA, trouxe o debate sobre políticas públicas para as mulheres e trouxe dois recortes: as que atendem as mulheres, e as que são feita para as mulheres, diluída em politicas de empoderamento e de enfrentamento. Renata falou sobre a criação da secretaria de mulheres da Bahia, que teve como primeira secretária a Companheira Lucinha do MST e sobre a importância contra a violência contra as mulheres e com isso, da conquista da Ronda Maria da Penha para Atendimento Rural, que visa debates e discussões para evitar essa violência.

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Ela ainda falou a cerca da luta das mulheres negras contra violência física e doméstica e das trabalhadoras em geral. Sobre o loteamento de Terras, foi citado que a política foi redesenhada de forma que a mulher recebesse o crédito fomento mulher além do crédito fomento da família para que a mulher tenha autonomia com o seu fomento a se organizar em grupos produtivos para conquista de sua renda e das parcerias para assistência técnica para as mulheres do campo e da titularização da terra com o nome do casal e não apenas do homem.

Também foi lembrada a ocupação das mulheres em lugares de liderança como na Secretaria do Estado e outros espaços que falam e representam as mulheres e da participação e finalizou observando o exercício ético do companheiro Valmir em respeitar e fomentar esse espaço.

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PC, coordenador político da regional Extremo Sul, começou lembrando que o machismo favorece o capitalismo e que é necessário se fazer o exercício educativo de respeitar as companheiras e finalizou com a importância de reelegermos o companheiro Valmir Assunção.

Liu, dirigente nacional, iniciou lembrando da dificuldade de se disputar a construção da política em espaços onde quase sua totalidade é masculina, agradeceu aos companheiros que hoje estão como ouvintes e lembrou que esse é o espaço pensado para tecer estratégias de como construir coletivamente um espaço de luta e de luta contra o patriarcado, que fomenta o capital e a elite.

“Essa é a primeira plenária de mulheres, mas é onde começaremos a garantir a paridade de gênero na política e que a força que empregamos na construção política tem nos empoderado, e nos gerado conquistas como a coordenação do CDA e de um pleito federal por meio do deputado Valmir”.

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 Liu também lembrou de que esse espaço é o local onde poderemos discutir e refletir sobre as falas que nos foram impostas ao longo de nossas vidas e que é também lugar de darmos voz as companheiras que representamos e que a partir daqui possamos colocar nossas opiniões em todos os espaços e valorizar a fala de cada companheira, que nos representa como mulheres. A dirigente colocou que agora a luta do MST ganhou mais força, pois o 8 de março se soma as atividades de abril e esse debate da primeira plenária de mulheres é um momento histórico na regional Extremo Sul e do MST e finalizou lembrando da importância de se respeitar o espaço da mulher pelo conteúdo de sua fala, bem como da necessidade de uma representante política feminina para nosso movimento.

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Confira a entrevista do Deputado Valmir Assunção – PLAY

Por fim, a última fala foi do companheiro Valmir, que iniciou lembrando de como surgiu a ideia da primeira plenária de mulheres do Extremo Sul, que foi a partir de uma reunião com as dirigentes do Extremo Sul no Encontro Estadual da Bahia em janeiro de 2018, onde se notou a ausência das companheiras em outras reuniões e a importância da paridade de gênero nesses espaços. Valmir lembrou do destaque que se tem dado ao homem na direção das brigadas e o secundarismo imposto as companheiras dirigentes com os mesmos e que foram eleitas da mesma forma e empossadas no mesmo dia. Dessa forma, fica clara a necessidade de evidenciar e empoderar as mulheres da direção e garantir a paridade de gênero também no exercício diário do trabalho de direção.

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Outro fato lembrado foi a necessidade da participação da mulher na política e nos espaços de debates e construções políticas a fim de que não reproduzamos as práticas machistas de nossos opositores, como a dos que idealizaram e aplicaram o golpe sofrido pela presidenta Dilma durante seu mandato. Sobre a reforma da previdência, Valmir lembrou da importância do MST participar da ação nacional nos dias 19 e 20 de fevereiro deste ano, que denunciará à sociedade a discordância do trabalhador com essa reforma e lembrou da mobilização das mulheres e do julgamento de Lula, bem como das atividades do movimento no decorrer do ano e do trabalho para eleição de nosso deputado e parceiros.

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Terminadas as falas dos membros da mesa, foi aberto espaço para inscrições de colocações da plenária. Thaise, coordenadora do setor de educação da Brigada Elias, respondeu as questões provocadas pela Fábia e pediu ajuda do movimento na solução do caso de assassinato da companheira Damiana Farias no Acampamento Gildásio Sales. Benedita falou sobre a importância da mulher sair da cozinha e ir pra luta do lote e da política. Eliane, coordenadora da escola popular, falou sobre a alegria e conquista dessa plenária e o momento histórico que a mesma representa.

Eliane também apontou o reconhecimento dos dirigentes Evanildo e PC e o incentivo a dos mesmos a atuação das mulheres no movimento e a luta do 8 de março que se tornou uma atividade esperada  por cada mulher Sem Terra e a necessidade da conquista desses espaços.

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Fábia retomou a palavra e lembrou a importância do empoderamento da mulher e de como também é importante partilhar o conhecimento e as experiências com as companheiras, da necessidade dos companheiros apoiarem a luta feminista e de como nossos dirigentes tem sido pontuais nessa tarefa. Para finalizar, a companheira pediu uma salva de palmas para a companheira Rose do Baixo Sul, falecida a poucos dias e o companheiro Márcio Matos, assassinado em Janeiro e parabenizou a luta da classe trabalhadora e enfatizou a vitória que vem da união do povo.

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