Política

Mesmo com muita exposição no Carnaval, ausências de Rui e ACM Neto foram marcantes

 Mesmo com muita exposição no Carnaval, ausências de Rui e ACM Neto foram marcantes

O Carnaval é também um momento de exposição em excesso dos gestores públicos. É e sempre foi dessa forma. São durantes os dias da folia que o prefeito de Salvador e o governador da Bahia fazem breves testes de popularidade e também são alvos referenciais dos veículos de imprensa tanto quanto os artistas que fazem a festa. Em 2018, não poderia ser diferente. ACM Neto (DEM) e Rui Costa (PT) contabilizaram, ao longo dos seis dias de festa oficial, muito espaço na imprensa, com o prefeito à frente nesse processo, até pelo caráter de “anfitrião” da festa. Porém foram deles duas ausências muito comentadas ao longo da Folia de Momo.

Mesmo com muita exposição no Carnaval, ausências de Rui e ACM Neto foram marcantes

Rui não foi à abertura oficial, dessa vez realizada no Circuito Dodô, na Barra, e preferiu acompanhar a pipoca de Léo Santana, patrocinada pelo governo no Campo Grande. Optou por não encontrar com o prefeito, ainda que fosse aguardada a presença de ambos no Camarote Expresso 2222, onde aconteceu a entrega das chaves ao Rei Momo. Rui justificou-se, afirmou ter dado preferência pelo Circuito Osmar, subjugado nos últimos anos e que passa por um processo de revitalização. A desculpa é válida, porém não precisa ser um expert em política para saber que não foi apenas isso que impediu o governador de estar ao lado de ACM Neto na abertura da festa: por que dividir atenções com um adversário político se ele poderia estar absoluto em outra área da festa? Porém não apenas a não participação de Rui na abertura foi sentida.

Mesmo com muita exposição no Carnaval, ausências de Rui e ACM Neto foram marcantes

Coube a ACM Neto o segundo momento de ausência que mereça destaque na folia. Tradicional ponto de políticos durante o Carnaval, o prefeito não foi à saída do Ilê Aiyê no Curuzu, fato inédito durante o período em que ACM Neto está à frente do Palácio Thomé de Souza. Assim como Rui, o gestor usou uma justificativa protocolar. Esteve no estúdio do SBT durante a noite do sábado para uma entrevista durante a transmissão nacional e, por conta dos sucessivos atrasos, acabou impedido de ir ao Ilê. Tal qual o governador, parece ser uma desculpa aceitável. Porém não deixou de “cair como uma luva” a ausência dele no Curuzu, após dois anos de vaias em um reduto aliado da esquerda e que, possivelmente, iria provocar um momento de baixa para um Carnaval marcado por imagens positivas do quase pré-candidato ao governo da Bahia. Por que arriscar? Como previsto, a Folia de Momo não teve grandes momentos na cena eleitoral baiana. E quando a ausência se torna algo a se destacar, é sinal de que há certo esvaziamento do processo político.

por Fernando Duarte

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