Maior produtor brasileiro de mamão, Itabela no extremo sul da Bahia, sedia nesta quinta-feira 3, dia de campo sobre monitoramento de pragas na cultura do mamão, realizado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o apoio da Fazenda Santa Fé e da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
Dirigido a produtores, técnicos e estudantes do ensino médio e superior, o evento é uma atividade do projeto “Desenvolvimento de tecnologias pré e pós-colheita para a redução de resíduos de agrotóxicos em mamão” (SaúdeMamão), liderado pela pesquisadora Fabiana Sasaki
A adoção de manejo fitossanitário baseado nos princípios de monitoramento possibilita a oferta de frutos de qualidade e a ampliação do mercado consumidor, gerando impactos positivos para a cadeia produtiva do mamão e contribuindo para a sustentabilidade da cultura na região – o extremo sul baiano é a maior região produtora de mamão do país e Itabela, o município que mais produz. São 1.700 hectares de área colhida, com 144.361 toneladas.
Monitoramento
O atual sistema de produção do mamoeiro demanda o uso de grandes quantidades de agrotóxicos para o controle de pragas, o que leva ao aumento de custos e a presença de resíduos nos frutos, que se constitui uma importante restrição à exportação.
Os trabalhos de monitoramento de pragas e doenças na cultura do mamão requerem a utilização de ferramentas que possibilitem as tomadas de decisão no manejo da cultura, adequando o cultivo às normas para exportação de frutos. De acordo com Hermes Peixoto, as pragas mais encontradas na região são o ácaro branco, o ácaro rajado e as cigarrinhas, em menor escala. “O monitoramento é uma prática que visa estabelecer estratégias de manejo integrado de pragas, iniciando o controle químico no momento exato em que os danos começam a aparecer nas plantas”, afirma. Ele destaca que o objetivo é identificar e controlar pragas e doenças com menor uso de agrotóxicos. Para o produtor, o resultado é um ganho econômico grande, pois o monitoramento aponta o momento do controle da praga, que deve ser realizado com o uso de produtos seletivos, registrados na grade de controle de agroquímicos.
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