Diante da rápida e acertada percepção de que a violenta disseminação de um vírus desconhecido da humanidade não é um “jogo justo”, governos ao redor do mundo lançaram mão de programas de ajuda emergencial e adoção de medidas em combate a pandemia.
O governador da Bahia, a exemplo de muitos estados optou em construir unidades de campanha, chegando a oferecer a instalação no município de Itamaraju, no entanto, devido ao formato houve desacordo na implantação.
A cidade de Teixeira de Freitas abraçou ao projeto governamental, que prometia arcar com custeio do funcionamento do Hospital de Campanha contra o Coronavírus. Mas os profissionais de SAÚDE daquele município não sabiam que os repasse não chegaram ao erário público. ‘presente de grego’
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Recebendo pacientes de todo o Extremo Sul, em meio a falta de recursos, EPI’s, medicamentos e profissionais exaustos, o município passou a cobrar os repasses, que atualmente somam R$ 3 milhões de reais, acumulados ao longo dos meses, de funcionamento do Hospital de Campanha.
Nesta quarta-feira (23) de setembro, o secretário de saúde de Teixeira de Freitas, encaminhou um documento realizando a cobrando ao governador, também notificando o fechamento do Hospital de Combate ao COVID-19.
O secretário destaca no documento o não cumprimento do contrato 151/2020 assinados pelo governador do estado.
Nesse contexto, é um fato que o município de Teixeira de Freitas terá dificuldades em honrar outras despesas ou ampliará o endividamento público, fruto do aumento de gastos necessário para arcar com medidas de combate à crise. No Brasil, estima que o salto seja de um patamar de 75,8% de dívida/PIB, no ano passado, para mais de 90% ao final de 2020, com rumo aos 100% nos próximos anos.
“Até o presente momento, é o Município de Teixeira de Freitas, a população Teixeirense, quem vem suportando, com parcos recursos e com o repasse do Governo Federal, todas as despesas (profissionais de saúde, medicamento, EPI’s e insumos diversos) que giram em torno de R$ 1.300,00 (um milhão e trezentos mil reais) mensalmente”, desabafou o secretário de saúde de Teixeira de Freitas.