O ex-governador do Amazonas José Melo (Pros) passou a virada do ano na sede da Polícia Federal em Manaus. Ele foi preso no domingo (31) por decisão da juíza substituta Ana Paula Silva Podedworny, do Tribunal Federal da 1ª Região. O despacho determinou que Melo ficará preso por pelo menos cinco dias.
Ele é acusado de integrar uma quadrilha que promoveu desvios milionários na saúde. A Polícia Federal afirma que o ex-governador recebia pagamentos periódicos de uma quadrilha que atuava desviando recursos públicos. Melo é investigado por corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e de organização criminosa.
Além do ex-governador, três outros secretários da gestão dele passaram a virada do ano presos –Afonso Lobo (Fazenda), Wilson Alecrim (Saúde) e Evandro Melo (Administração).
Nesta segunda (1º), Pedro Elias, que também comandou a secretaria de Saúde, se apresentou na sede da PF. Ele era considerado foragido por não ter sido encontrado em casa no domingo.
Os cinco deverão ser transferidos nesta segunda ao Centro de Detenção Provisória de Manaus 2.
A prisão de Melo no último dia 21 marcou a terceira fase da Operação Maus Caminhos, iniciada em setembro do ano passado, que investiga o desvio de ao menos R$ 50 milhões de repasses do governo federal ao sistema de saúde do Amazonas, segundo o Ministério Público Federal.
No dia 27, ele foi solto beneficiado por uma decisão do juiz plantonista Ricardo Salles, que converteu a prisão temporária do ex-governador em domiciliar.
Em maio, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou Melo por compra de votos para a sua reeleição, em 2014. Em agosto, houve novas eleições no Estado, com a vitória de Amazonino Mendes (PDT).