Após indicar Kassio Nunes Marques à vaga deixada por Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido pressionado por evangélicos para indicar um nome deles à Corte, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, que abandona a toga em julho deste ano.
Em outubro do ano passado, o presidente já havia dado indícios que a próxima indicação ao STF seria de um evangélico, de alguém ligado à igreja. “A segunda vaga, com toda certeza, mais que um terrivelmente evangélico, se Deus quiser nós teremos um pastor”, disse à época.
O lobby dos evangélicos é proporcional à força que têm dentro e fora do Congresso. Na Câmara, a bancada reúne quase 140 deputados e pode ser decisiva em qualquer votação. Fora da Praça dos Três Poderes, os evangélicos, com seus 65 milhões de fiéis pelo país, têm sido um importante pilar de sustentação da popularidade de Bolsonaro.
O nome mais cotado para a vaga no Supremo, inclusive já apoiado pela comunidade evangélica, é o do ministro da Justiça, André Mendonça, pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília. A partir da indicação de um representante para o STF, os evangélicos querem tentar equilibrar um plenário que consideram progressista demais nos julgamentos.
Por Reprodução Bnews