Segundo Ministério Público, crime foi cruel, sem chance de defesa
Por Bell Kojima
Petronílio se entergou aos policiais no momento em que o corpo da mulher era retirado de vala
O idoso que matou a mulher e enterrou o corpo no quintal de casa, foi condenado a 12 anos de prisão, em júri popular realizado quinta-feira (15), no Fórum Desembargador Mário Albiani, na cidade de Eunápolis.
Petronílio Francisco da Silva (74 anos), não compareceu à sessão e foi sentenciado à revelia pelo juiz Otaviano Andrade Sobrinho, que presidiu o julgamento.
Conforme a polícia, em 12 de setembro de 2010, no bairro Alecrim I, Petronílio matou Renildes Gama dos Santos (33 anos), a golpes de martelo. Em seguida, ele ocultou o cadáver, encontrado após uma semana.
Segundo o advogado Antônio Pitanga, houve uma briga e o réu precisou agir em legítima defesa, pois era 33 anos mais velho que a companheira.
Mas o promotor João Alves Neto persistiu na tese de crime cruel, sem chance de defesa, pois as investigações mostraram que não chegou a ocorrer luta corporal.
Na acusação, atuou o promotor João Alves e na defesa o advogado Antônio Pitanga; juiz Otaviano Andrade presidiu o júri
Com receio de ser linchado pela população, Petronílio se entregou a uma unidade da Polícia Militar no momento em que o corpo era desenterrado. Ele confessou o assassinato, justificando que tinha muito ciúme da mulher, motivo pelo qual os dois discutiam constantemente.
O acusado ficou preso por alguns anos e depois obteve o benefício da liberdade provisória.
Ele se apresentava regularmente à justiça, até que resolveu desaparecer da cidade, sendo dado como foragido.