No final de 2021, milhares de famílias baianas enfrentaram, em meio às festas de fim de ano, fortes chuvas que deixaram um rastro de destruição em dezenas de municípios, principalmente no Sul e Extremo Sul do estado. Em janeiro do ano seguinte, quase 200 cidades da Bahia já haviam decretado situação de emergência, e a Defesa Civil apontava 27 mortos e mais de 500 feridos, entre os quase 1 milhão de atingidos pelos temporais e inundações. Um ano depois, 28 prefeituras voltaram a solicitar apoio formal por causa das condições extremas do clima. Para evitar que cenas como estas se repitam, um projeto com apoio internacional selecionou oito municípios para desenvolver um projeto-piloto que pode ajudar na prevenção e na resposta mais efetiva a desastres ambientais.
Reportagem do Bahia Notícias destaca que a ONG Visão Mundial, em parceria com a Bureau de Assistência Humanitária, ligada ao governo dos EUA, desenvolve a iniciativa Nordeste pela Resiliência Climática. Ao todo, o processo inicial tem duração prevista de dois anos e prevê a criação de dois polos reunindo cidades do Extremo Sul do estado: Porto Seguro, Belmonte, Santa Cruz Cabrália, Eunápolis, Itamaraju, Jucuruçu, Prado e Teixeira de Freitas.
O Nordeste pela Resiliência Climática tem como foco a troca de conhecimento, prevenção de riscos e resiliência diante das severas consequências das mudanças climáticas, especificamente as chuvas intensas, deslizamentos de terra e inundações. O projeto prevê a intermediação entre população e poder público por meio de órgãos ligados à mitigação, prevenção e acompanhamento de famílias afetadas por desastres, a exemplo da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, CRAS e CREAS.
Renata Cavalcante, porta-voz da Visão Mundial, contou em entrevista ao Bahia Notícias que a ONG fará esta articulação, pois muitas comunidades não têm conhecimento da existência de Planos de Mitigação de Risco e as prefeituras têm dificuldade em desenvolver este tipo de plano.
Fonte: Bahianoticias