Lideranças de diferentes partidos, além de intelectuais e representantes da sociedade civil, encamparam discursos em defesa de uma frente contra a escalada fascista no Brasil e contra os ataques ao ex-presidente Lula. “Não podemos mais ter medo das nossas diferenças”, destacou líder do PSOL
O Ato em Defesa da Democracia, que acontece na noite desta segunda-feira (2) no Circo Voador, Rio de Janeiro (RJ), já é considerado por muitos como “histórico” pelo fato de ter reunido, em um mesmo palco, as mais importantes lideranças da esquerda contemporânea do Brasil, além de nomes da classe artística e da sociedade civil em geral. O mote do ato é a defesa da democracia e a formação de uma frente suprapartidária contra a escalada fascista no país que tem como exemplos a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL), os atentados contra a caravana do ex-presidente Lula pelo Sul do Brasil e o evidente crescimento do discurso de ódio nas ruas e nas redes sociais.
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Nomes como Manuela D’Ávila (PCdoB), Lula (PT), Marcelo Freixo (PSOL), além de artistas como Chico Buarque ou intelectuais como Marcia Tiburi dividem o mesmo palco. A maior parte dos discursos, até agora, foram em defesa de uma unidade suprapartidária, que envolva a sociedade civil, contra a perseguição judicial ao ex-presidente Lula, os ataques fascistas que vêm vitimando nomes ligados à esquerda e em defesa da democracia que, desde o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, de acordo com os participantes, vem sendo ameaçada.
Confira, abaixo, trechos de algumas das principais falas do ato.
“Aquilo que nos une é a luta pela liberdade. Mas hoje, no dia 2 de abril, somos do partido de Tiradentes. E nós também temos uma missão: de dizer que a luta democrática pela liberdade passa pela liberdade de Lula concorrer” – Manuela D’Ávila, pré-candidata à presidência pelo PCdoB
“Aqui estamos começando a erguer os tijolos de uma muralha na luta contra o fascismo. Somos todos camaradas, aprendemos duramente que construir a Frente Única não significa ter adesão de um partido sobre outro. Não podemos mais ter medo das nossas diferenças” – Valerio Arcary, líder do PSOL, que rompeu com o PT há mais de 20 anos
“Conheci muito jovem as prisões da ditadura, sei por dentro o que é o fascismo, e sei que ele tem que ser parado no início, agora, com a unidade popular!” – Carlos Minc,geógrafo, professor, ambientalista, ex-deputado e ex-ministro