Movimento demonstra a decadência da legenda que deixou de ser PFL a pucos anos e agora necessita de nova composiçao para não sumir do mapa como o PSDB

Em uma ofensiva política o ex-prefeito de Salvador e candidato derrotado ao governo estadual, ACM Neto (União Brasil), articulou a criação de uma federação entre o seu partido e o PP (Progressistas). A iniciativa foi oficializada nesta semana e deve manter os moldes do tabuleiro político baiano com vistas às eleições de 2026, haja vista que o PP ja havia rompido com o nucleo petista no estado.
Com a formalização da federação, o PP perde sua autonomia no estado e passa a seguir integralmente as diretrizes nacionais e estaduais do União Brasil. Isso significa, na prática, que o partido estará impossibilitado de apoiar a candidatura à reeleição do atual governador Jerônimo Rodrigues (PT), alinhando-se automaticamente ao projeto de oposição liderado por ACM Neto.
Segundo apuração de bastidores, um dirigente do União Brasil assumirá o comando da federação na Bahia, o que garante a ACM Neto total controle sobre a estrutura. A manobra é vista como uma das principais movimentações do ex-prefeito desde sua derrota nas eleições de 2022 e reforça sua posição como principal nome da oposição ao governo petista no estado, embora muitos acreditem que Neto sera condidato a deputado federal para obter o forum privilegiado uma vez que os “esquemas com o Rei do lixo” se aproximam de sua figura.
Mas nem tudo sao flores! A federação pode gerar efeitos colaterais. A medida já provoca insatisfação interna no PP, especialmente entre os prefeitos e deputados estaduais da legenda que poderam deixar o partido na proxima Janela Partidária para seguir apoiando o governo do estado . Dos 41 prefeitos eleitos pela sigla em 2024, a maioria avalia deixar o partido para manter vínculos com o governo estadual, que continua sendo uma força poderosa nos municípios. O mesmo sentimento se espalha pela Assembleia Legislativa, onde aproximadamente 90% dos parlamentares do PP consideram migrar para partidos aliados ao governador Jerônimo Rodrigues.
O movimento, embora fortaleça o projeto de ACM Neto, pode levar a um esvaziamento do PP na Bahia e abrir espaço para uma reacomodação política, com rearranjos que devem continuar movimentando os bastidores nos próximos meses.