Presidente da Câmara desconstituiu decisão do deputado Nelson Marquezelli da última semana e convocou nova reunião de instalação. A Oposição tentou barrar o abuso de autoridade, mas as questões de ordem foram rejeitadas por Simão Sessim, que comandou a sessão.
A luta pela soberania nacional sofreu novo golpe na tarde desta terça-feira (13). Apesar do árduo empenho dos parlamentares da oposição, a comissão especial destinada a analisar o Projeto de Lei (PL) 9463/18 foi oficialmente instalada. A matéria, que propõe a privatização da Eletrobras, assegura a entrega da estatal a mãos estrangeiras por R$12 bilhões, enquanto seus ativos valem pelo menos R$400 bilhões.
O deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA), membro da comissão especial, entregou a Simão Sessim um requerimento de votação onde propunha barrar o andamento da instalação. Apesar de estar fundamentado no artigo 117 da Constituição, o pedido foi negado por Sessim, que alegou “não existir tal coisa no regimento”. Davidson deve levar o questionamento a Plenário.
“O intuito dessa comissão é aprovar uma matéria que segue o plano de desnacionalização deste governo ilegítimo. É a entrega de ativos estrategicamente fundamentais para o desenvolvimento do nosso país. A Eletrobras é patrimônio do povo, temos que defender o que constituímos”, pontuou o deputado.
A próxima reunião do colegiado está marcada para o dia 20, às 14h30. Na ocasião será apresentado o plano de trabalho e requerimentos entregues na secretaria da comissão a partir desta quarta-feira (14).