Eleição FBF: Ex-goleiro lança candidatura e quer igualdade no Futebol Baiano. Mas, reconhece o histórico positivo do atual presidente Ednaldo Rodrigues
Depois do advogado e ex-diretor jurídico do Bahia Ademir Ismerim, agora foi a vez do ex-goleiro Chico Estrela lançar sua candidatura para presidência da Federação Bahiana de Futebol (FBF). Em entrevista, Chico explicou o motivo de se candidatar-se e comentou sobre os seus projetos, caso seja eleito. Ele colocou como foco principal o fortalecimento do futebol do interior e destacou ser contrário a divisão atual da cota de TV do Campeonato Baiano, onde Bahia e Vitória recebem mais da metade do bolo. “Quero dividir as cotas televisivas igualitariamente”, disse o atual candidato.
Chico ainda criticou a candidatura de um de seus prováveis adversários, o advogado Ademir Ismerim. afirmando que o mesmo está tentando tirar proveito da situação.
“A gente vê uma aproximação de uma eleição política, e pessoas estão tentando se aproveitar de uma Federação para tirar proveito próprio. Ismerim está tirando proveito disso. Com todo respeito, é um dos maiores advogados do Brasil, mas nunca fez uma tabela de campeonato, nunca foi jogador, nunca chutou uma bola”, afirmou.
Veja a entrevista completa:
“Estamos atrás de uma opção de mudança para a FBF. Temos que entender que a alternância de poder só é salutar quando achamos alguém melhor do que o atual. Se pegarmos a história de Ednaldo, é uma história positiva. O representante que chefia jogos da Seleção Brasileira, não é para qualquer um. Ele moralizou o futebol baiano. Mas o questionamento é a alternância. É preciso mudar”
“Quero fortalecer o futebol do interior. Quem sustenta o futebol hoje é a Rede Globo, mas eu não posso pegar uma cota de TV que todos participam por igual e entregar mais da metade para Bahia e Vitória. A conta é simples, se eu der R$ 100 para um e R$ 1000 para outro, a disparidade continuará grande. Quero dividir as cotas televisivas igualitariamente. Esses clubes do interior, em sua maioria, ficam sem calendário após o encerramento do Campeonato Baiano. Então, quero lutar por datas para esses times. Fazer nos moldes do que acontece na Copa do Brasil. Esses times do interior iniciariam o campeonato antes, e nas datas da CBF, entraria a dupla Ba-Vi e os outros times que estiverem em competições nacionais. Penso em fazer um campeonato com mais de 10 clubes. Uma outra preocupação que tenho é com os ex-atletas. Conheço vários ex-jogadores que estão passando dificuldade. Que me ligam pedindo até cesta básica. Eu joguei futebol até 42 anos, hoje tenho 54, imagine se não soubesse fazer mais nada, por que eu não poderia me aposentar? Eu sou profissional, poderia receber uma aposentadoria como todas as outras profissões. Outro ponto que vejo que precisamos mudar são as premiações do Campeonato Baiano. O único Estado do Brasil que não tem uma premiação é o nosso. Mas isso não acontece porque o arbitral não exige uma premiação. O arbitral são os 10 clubes que participam do Baianão. Todas as regras são discutidas, porque não exigem a premiação dentro do arbitral?”
“O que mais me levou a lançar a candidatura é que a gente vê uma aproximação de uma eleição política, e pessoas estão tentando se aproveitar de uma Federação para tirar proveito próprio. Ismerim está tirando proveito disso. Com todo respeito, é um dos maiores advogados do Brasil, mas nunca fez uma tabela de campeonato, nunca foi jogador, nunca chutou uma bola. O que vemos hoje é ele recebendo apoio de ACM Neto, Coronel… Político não pode entrar para gerir o futebol. Quem deve gerir o futebol são pessoas ligadas e que gostam de futebol. Eu gosto e tenho capacidade de buscar coisas para a Federação. Não estou suportando pessoas que estão se aproveitando de um futebol combalido, como o nosso, para benefícios próprios. Ele está pegando o apoio de pessoas que tem cargos públicos e tem votos, mas que não podem nem votar. Eu vou correr atrás do apoio das ligas e não de Neto”, afirmou.