Favorita do público, a vencedora da 19ª edição do programa coleciona declarações preconceituosas e elitistas, inclusive contra outros participantes. Com 61% dos votos do público, Paula von Sperling foi eleita campeã do Big Brother Brasil 19, da Globo, na noite desta sexta-feira (12), e faturou R$1,5.
Mesmo vitoriosa, a mineira de 33 anos será intimada pela Polícia Civil para depor. Ela é investigada por injúria por preconceito baseado em intolerância religiosa. O depoimento, de acordo com o delegado Gilbert Stivanello, deve acontecer na semana que vem na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Rio de Janeiro.
O motivo da investigação foi uma declaração dada durante o jogo ao se referir a um participante negro, Rodrigo França, que frequenta o Candomblé. “Tenho medo do Rodrigo. Ele mexe com esses trecos… ele sabe cada Oxum [divindade de matriz africana] deles lá. Nosso Deus é maior”, disse Paula. França, depois de ser eliminado, inclusive, prestou queixa na polícia contra a agora campeã do reality show.
Essa não foi a única declaração preconceituosa de Paula durante o programa. Ela já chegou a se referir a cabelo de negros como “ruim” e afirmar que cotas raciais são “uma forma de racismo”.
O preconceito da mineira, no entanto, cativou o público e a fez ser escolhida a vencedora com votação recorde.