O Brasil encarou uma renovada Argentina, em amistoso disputado nesta terça-feira, 16, em Jeddah, na Arábia Saudita, e voltou a apresentar um desempenho decepcionante. Mas foi salvo por Miranda, que garantiu o triunfo por 1 a 0 já nos acréscimos do segundo tempo e manteve os 100% de aproveitamento da seleção após a Copa do Mundo da Rússia.
O clima de clássico tão citado de ambos os lados ficou apenas nas jogadas mais ríspidas e o que se viu em campo foi um futebol muito aquém da história deste confronto. O empate por 0 a 0 representava bem o que se viu em campo, mas na jogada aérea, aos 47 da etapa final, a seleção arrancou a vitória.
Foi mais uma atuação fraca da equipe de Tite depois da decepção na última Copa do Mundo. Antes, a seleção havia obtido três vitórias em três amistosos, mas contra os fracos Estados Unidos (2 a 0), El Salvador (5 a 0) e Arábia Saudita (2 a 0), sem empolgar em nenhuma destas partidas.
Talvez buscando este combustível ofensivo, Tite inovou nesta terça e escalou Roberto Firmino e Gabriel Jesus juntos no ataque. Não deu certo. Jesus mostrou dificuldade para buscar jogo pela direita, enquanto Firmino pouco apareceu. A seleção, então, mais uma vez dependeu exclusivamente de Neymar, e em meio a outra atuação irregular do astro do Paris Saint-Germain, pouco criou mesmo diante de uma Argentina sem Lionel Messi, Agüero, Di María e Higuaín.
O jogo até começou bastante pegado, com a seleção acionando Neymar e o brasileiro sendo calçado. Foram três faltas sofridas nos primeiros minutos, o que não mudou o comportamento do jogador. Ele seguiu buscando a bola no campo de defesa, tentando os lances, quase sempre de forma individual, e sofrendo com a falta de espaço.
A primeira chegada, no entanto, foi da Argentina. Aos sete minutos, Casemiro errou na tentativa do domínio e a sobra ficou com Lo Celso, que bateu da meia-lua, à esquerda de Alisson. O primeiro lance de perigo do Brasil aconteceu somente aos 27. Miranda recebeu cruzamento da esquerda, dominou e encheu o pé. A bola passou por Romero, mas Otamendi salvou em cima da linha.
O Brasil parecia desentrosado, com Jesus e Firmino encontrando dificuldades para jogar juntos. Coutinho, bem marcado, também estava sumido, o que deixou a equipe dependendo de Neymar. E até pela falta de companhia, o atacante insistia demais nas jogadas individuais, o que minava as possibilidades da seleção.
Dybala, em cobrança de falta, teve o último bom momento do fraco primeiro tempo. E quando se esperava que o Brasil crescesse depois do intervalo, foi a Argentina que criou as melhores chances da partida até então.
FONTE ATARDE/UOL