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Empresa aberta há 3 dias fatura contrato com a Câmara de Itamaraju

Empresa aberta há 3 dias fatura contrato com a Câmara de Itamaraju

Após busca e apreensão realizada na Câmara de Itamaraju na manhã desta quarta-feira 9, pelo promotor Tarcisio Robslei França que investiga falsificação de documentos e pagamentos indevidos a parlamentares durante a gestão do ex-presidente do legislativo Chico do Hotel (PP), surgem novas denúncias desta vez envolvendo a gestão do atual presidente da casa Chico Giló (PSD).

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O caso ocorreu em janeiro de 2017, no primeiro mês de gestão de “Giló”, mas só agora veio à tona graças a uma denúncia enviada por um parlamentar que preferiu ter sua identidade resguardada.

De acordo com a denúncia, a referida empresa foi aberta no dia 09 de janeiro de 2017 em nome de Elessandra Cavessana Mai, e possui apenas uma atividade empresarial declarada no ramo de Reparação e Manutenção de Computadores e Periféricos.

No dia 12 de janeiro de 2017, três dias após ter sido aberta, Elessandra faturou o primeiro contrato com a Câmara Municipal de Vereadores de Itamaraju no valor de R$ 5.700,00, para supostamente realizar manutenção dos computadores do legislativo municipal nos meses de janeiro e fevereiro.

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No mês de março de 2017 Elessandra faturou um novo contrato com a Câmara, dessa vez no valor de R$ 27 mil, através de uma “carta convite” para supostamente prestar serviços de manutenção dos computadores. Na documentação recebida através de email por nossa equipe, verificamos que ao participar da licitação, Elessandra não apresentou “atestado de capacidade técnica”, item exigido para comprovar que a empresa tem experiência na execução dos serviços. Consultamos um especialista em licitações que afirmou que quando exigido em edital, a “ausência desse item resultaria na desclassificação da empresa”, no entanto, a mesma foi contratada normalmente.

Nossa equipe identificou que desde sua abertura em janeiro de 2017 até o fim do mesmo ano, Elessandra Cavessana só emitiu 12 notas fiscais, uma a cada mês e todas destinadas à Câmara Municipal de Itamaraju, evidenciando que a empresa supostamente foi “montada” com o único objetivo de emitir notas fiscais exclusivamente para o legislativo, pois segundo a denúncia, Elessandra seria esposa do contador particular do Presidente da Câmara, Jader Paiva, que presta serviços para Chico Giló na empresa de eventos que ele mantém em seu nome.

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O contador Jader Paiva, esposo de Elessandra Cavessana, também aparece como procurador da empresa nos documentos apresentados no momento da assinatura do contrato com a Câmara Municipal. O vereador que fez a denúncia acusa  “Elessandra de nunca ter comparecido à Câmara, e que quase todos os computadores estão sucateados e sem manutenção”.

No endereço informado na declaração da empresa existe apenas um escritório de contabilidade. A grave denúncia pode resultar em representação no Ministério Público (MP), complicando ainda mais a situação do presidente da Câmara.

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